A lombalgia é um problema de saúde pública, sendo a segunda maior causa de afastamento do trabalho no Brasil. E por isso, preparei o seguinte material para te ajudar a entender como ela se manifesta e o que fazer para evitá-la.
O que é a lombalgia?
A coluna é dividida em cervical, dorsal e lombar. A famosa lombalgia é a dor na região lombar da coluna que fica na parte final das costas. Na grande maioria é auto-limitada e passa dentro dos primeiros 15 dias. Dependendo da intensidade da dor o paciente poderá ter limitações de movimento do tronco, sensação de travado e muitas vezes irradiada para a região das nádegas ou pernas.
Apresentações da lombalgia
– Aguda: refere-se a um evento de dor intensa decorrente do famoso “mau jeito” na coluna. Geralmente melhora nas primeiras 3 semanas, 80% da população terá pelo menos uma crise de dor lombar durante a vida. A causa é multifatorial, sendo mais comum acontecer após algum esforço (pegar peso e/ou curvar a coluna)
– Subaguda: refere-se a crise de dor que dura cerca de 3 semanas a 45 dias. Pode ter apresentações leves, persistentes ou muito fortes. A dor costuma ter uma melhora natural com o decorrer dos dias, desde que o efeito causal não aconteça novamente.
– Crônica: refere-se a crise de dor lombar persistente por mais de 6 meses, mais comum nos idosos.
Causas da lombalgia
A lombalgia é um sintoma que pode ter várias causas entre as mais comuns são:
– Histórico familiar (genética);
– Doença degenerativa do disco vertebral (processo natural de envelhecimento);
– Trauma (pancada na região da coluna);
– Infecções;
– Síndromes miofasciais (contratura muscular);
– Hérnia de disco;
– Má postura;
– Sedentarismo;
– Questões emocionais.
Quais são os sintomas?
O principal sintoma é a dor na região mais baixa da coluna, na altura da cintura. Surgindo de forma discreta, essas dores podem se intensificar e até se irradiar para as pernas ou nádegas. Associado a crise de dor o paciente pode apresentar:
– Limitações para caminhar ou realizar atividades comuns do dia a dia;
– Limitação de movimentos dos quadris e pelve;
– Contrações musculares;
– Dificuldade para dormir;
– Ansiedade;
– Depressão.
A persistência da dor por mais de 72h, acompanhado de irradiação, dormência nas pernas, perda de força das pernas, o paciente precisa procurar assistência médica.
Medidas para prevenção de dor lombar
Muitos fatores são importantes, porém o principal é a mudança de hábitos, entre eles:
– Prática regular de atividade física para trabalho de fortalecimento e alongamento muscular;
– Evitar posições viciosas e prolongadas durante o dia;
– Adequar medidas ergonômicas no trabalho, altura de cadeira, altura do monitor do computador, altura da mesa de trabalho;
– Evite cargas que não estão de acordo com o seu condicionamento;
– Evitar pegar objetos no chão curvando a coluna;
– Evitar colchões que ao levantar estão com um buraco onde você estava deitado (significa que está na hora de trocar o colchão).
Agora que você já conhece um pouco mais sobre a lombalgia e as formas de prevenção, busque mudar alguns de seus hábitos não saudáveis. E a qualquer sinal dos sintomas procure um médico especialista!
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Especialista em Ortopedia e Traumatologia
Atuante em Cirurgia de Coluna Adulto e Pediátrica
CRM-TO 3050 / RQE 2614