Os problemas ortopédicos na adolescência podem afetar o crescimento e o desenvolvimento de atividades se não forem tratados, muitas áreas do corpo podem ser afetadas e as mais problemáticas são: coluna vertebral, joelhos e tornozelos.
Apesar dos problemas ortopédicos serem facilmente diagnosticados, muitos adolescentes não percebem. Mesmo em consultórios médicos a famosa “dor do crescimento” é a opinião que impera sendo comum, mas na verdade, o adolescente precisa mesmo é de atenção médica.
Pensando nisso, listei neste artigo os problemas ortopédicos mais comuns na adolescência para que você conheça.
Cotovelo de tenista
Embora seja mais comum em adultos, o cotovelo de tenista, conhecido na linguagem médica por epicondilite lateral do cotovelo, também afeta os adolescentes e nem sempre está ligado à prática de esporte. Normalmente, o tratamento envolve uma combinação de métodos de alívio da dor, fisioterapia e, às vezes, cirurgia.
O cotovelo de tenista é uma condição na qual as fibras tendíneas que se ligam ao epicôndilo no lateral do cotovelo degeneram. Os tendões mencionados aqui ancoram os músculos que ajudam o punho e a mão a “levantar”.
Os sintomas incluem dor na região externa do cotovelo, que piora de maneira lenta. O tratamento visa o alívio da dor podendo o médico indicar aplicação de gelo, anti-inflamatórios e fisioterapia.
Infiltrações podem ser consideradas em casos mais resistentes. Cirurgias em casos extremos podem ser realizadas lembrando que poucos casos evoluem com necessidade desta conduta.
Entorses e distensões
A maioria das lesões entre os adolescentes ocorre durante a prática de esportes e afeta os ligamentos, tendões e músculos, em especial nos joelhos e tornozelos. Entorse leva a uma lesão no ligamento que pode ser grave e necessita ser adequadamente avaliada.
O diagnóstico é feito com exames de imagem e avaliação física completa. A cura pode variar em termos de tempo, a depender do grau da lesão. Apenas os casos mais graves requerem intervenção cirúrgica para a cura.
Os sintomas incluem dor, inchaço, dificuldades de movimentar e vermelhidão na área lesionada. O tratamento pode incluir restrição da atividade, aplicação de imobilização/tala no local lesionado, fisioterapia e, em último caso, cirurgia.
Escoliose
Muito confundida com má postura, a escoliose é uma patologia grave que exige atenção específica.
Os três tipos de escoliose são: congênita, idiopática (sem causa conhecida) e neuromuscular.
A escoliose congênita é causada por falhas nas vértebras. A escoliose neuromuscular está ligada a condições neurológicas, principalmente, paralisia cerebral, distrofia muscular, espinha bífida, tumores na medula espinhal, condições paralíticas e neurofibromatose.
A causa da escoliose idiopática ainda é desconhecida. As outras causas possíveis da deformidade incluem razões hereditárias, diferentes comprimentos de pernas, lesões, infecções e tumores.
Uma avaliação física simples pode dar ao avaliador sinais de acometimento. Diferença na altura dos ombros, na posição do quadril ou na altura da escápula em posição ereta, observação de gibosidade em dorso quando o examinador solicita flexão do tronco.
O diagnóstico requer histórico médico completo do adolescente, testes e exame físico. O tratamento depende da extensão da doença e o principal objetivo é impedir que a curva progrida e evite a deformidade.
Por fim, seja um adolescente envolvido ativamente no esporte, sofrendo de dor ou desconforto, é melhor que os pais ou responsáveis levem a sério suas queixas. Um diagnóstico precoce permite que o adolescente se recupere retomando a atividade física regular o mais rápido possível.
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CRMTO 2530 | RQE 2119